As alianças precisam ser iguais?

Na natureza, as diferenças nunca são contradições mas, sim, partes de uma coexistência maior, harmoniosa, cíclica. Amar também passa pela compreensão profunda dessas diferenças entre nós, parte da natureza que somos.

Cada pessoa carrega em si um mundo de gostos, desejos, histórias. Mesmo em um casal, há ali dois seres distintos, com suas particularidades e maneiras de enxergar o mundo – e o amor.

Se é assim, por que as alianças, elo-presença da relação, deveriam ser sempre idênticas?

Amor também é cultivo da liberdade de existir. A ideia de usar alianças diferentes não é uma ruptura, mas um gesto de respeito mútuo. Uma celebração da individualidade dentro da conexão. É honrar o que nos torna únicos, ao mesmo tempo em que cultivamos o que nos une.

Um mesmo amor pode habitar duas expressões distintas.

Que as alianças possam ser essa representação – não da fusão ou da anulação, mas do engrandecimento do vínculo pela possibilidade de ser quem se é. Uma manifestação sobre amar o outro, permanecendo fiel a si. Um lembrete de que a união não apaga as fronteiras do eu, mas as acolhe e abraça.